Ainda é cedo
Quando dormia menos do que quatro horas durante a noite, o sono nas aulas tornava-se hipnótico, uma letargia destruidora e torturante de onde não era possível fugir. Tinha o cotovelo pregado na mesa e a mão a segurar a cabeça atordoada com as luzes, com a voz do professor vinda de uma realidade que não era a sua. Porém, ao mudá-la de posição (colocando-a sobre o queixo fingindo interesse na matéria que não conseguia ouvir) foi surpreendido com aquele travo estranho proveniente dos dedos indicador e médio. No meio da hipnose ele então sorriu.
«Olha que dois dedos aleija!»
Mas isso tinha sido logo no início. Em pouco tempo os dois foram aceites com a naturalidade do nascer do dia. E mesmo com as exageradas vezes que lavou as mãos ao longo daquele dia, a essência hipnótica recusou a partir de forma definitiva. Mesmo assim ele insistia, até conseguir lavar o sono de vez.
1 Comments:
Eheh. A parte dos dois dedos está muito explícita, pode ser melhorada aí.
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